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Artigo

6 Jan 2021

Author:
G1

Brasil: Moradores de Piquiá de Baixo, sofrem com contaminação de mineração há mais de 10 anos

“Comunidade do interior do Maranhão sofre com problema ambiental há mais de 10 anos”, 28 de Dezembro de 2020

...comunidade no interior do Maranhão aguarda há mais de dez anos a solução para um problema ambiental. 

...Trezentas famílias moram em Piquiá de Baixo...afirmam que os primeiros moradores chegaram na década de 1970 e que, desde a década de 1980, passaram a ter a companhia da ferrovia Carajás, em concessão à Vale, e do polo siderúrgico de Açailândia, que chegou a contar com cinco produtoras de ferro-gusa, uma das matérias primas do aço. As empresas dizem que chegaram antes e atraíram o povoado. 

Os rejeitos de ferro gusa e de minério de ferro contaminam de tal modo o ambiente que os moradores são obrigados a cobrir as casas com lonas plásticas. E a sujeira derrama o tempo todo, em cascata, dentro das casas. 

...Os problemas provocados pela poluição foram parar na Justiça. Em 2010, o Ministério Público do Maranhão buscou uma solução. No ano seguinte, as siderúrgicas e a Vale assinaram um termo de ajustamento de conduta e assumiram a reparação financeira dos danos da poluição. 

As siderúrgicas compraram um terreno a oito quilômetros de distância para o reassentamento das famílias de Piquiá de Baixo. A construção das casas veio de um financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida, da Caixa, dividido entre Vale, siderúrgicas e as famílias. Mas as obras começaram só sete anos depois. 

Representantes da Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas estiveram na região em 2019 e apresentaram um relatório sobre crimes de contaminação por substâncias tóxicas perigosas no país durante a 45ª sessão ordinária do conselho, em Genebra. 

O documento afirmou que a luta das famílias de Piquiá de Baixo é um exemplo de como a indústria opera por décadas sem qualquer olhar adequado aos direitos humanos e com limitada intervenção do estado. E que as siderúrgicas estão trabalhando há pelo menos oito anos sem licenças....